sexta-feira, 14 de março de 2014

Alice

Nova postadora! Acho que todo mundo é meio que novo, mas eu sou a mais nova por enquanto...

 Alice é um clássico infantil da literatura inglesa. No incio, achei o livro meio chato e arrastado, e parei de ler. Depois de quase um ano, eu peguei para ler de novo, tendo na cabeça o seguinte: É mito raro um livro já começar animado, então vamos ler isso e ver se melhora no decorrer da história. Resultado:
 Fui dormir uma hora da manhã, tendo terminado de ler o livro. E nunca mais vou deixar de ler um livro porque tem o começo arrastado. Eu não tinha ideia do que estava perdendo.
 Vamos começar dizendo que o livro não faz sentido nenhum. A minha versão é com As Aventuras de Alice no País das Maravilhas e Através do Espelho, e nenhum dos dois faz sentido. Masa graça é exatamente essa: Ler o livro e tentar descobrir onde está a lógica, e quando tudo aquilo será explicado! Por exemplo (Em Através do Espelho) Num parágrafo ela está numa loja e a vendedora é uma cabra (?) e no outro, do nada, ela está remando num rio.
 No livro, você acompanha a lógica de uma criança de sete anos, então, ela não dá a mínima pra quanto sentido faz tudo aquilo. E o livro é bem diferente do filme, tanto do desenho quanto da versão mais nova do Tim B.
As Aventuras de Alice no País das Maravilhas:
 Alice é uma menina de sete anos e meio, que, como em um dia qualquer, está ao ar livre com a irmã. A irmã dela está lendo, um livro sem figuras nem diálogos, e Alice se pergunta de que serve um livro sem figuras nem diálogos. Está entediada. Quando de repente passa um coelho branco, ela não dá muita atenção ao coelho até notar que ele usa um colete e está olhando um relógio de bolso. Ela o segue até cair num buraco, e ela passa muito, muito tempo caindo. (Minha amiga desistiu de ler o livro por causa da quantidade de tempo que a menina passava caindo...) Até chegar no país das maravilhas.
 Acho que todo mundo sabe mais ou menos a história, é um clássico, mas o livro é... outra coisa.
Alice Através do Espelho:
 Alice está brincando com as suas três gatas (Kitty, Dinah, e Snowdrop) na sala. Ela estava tentando jogas xadrez com Kitty (ok, ela tem sete anos) e depois de desistir, sugere outra brincadeira para a gata: Fingir que pode atravessar o espelho. Ela diz que até onde se pode ver, é exatamente igual à sala da casa dela, até a ponta do corredor, os livros também são os mesmos, só que escritos ao contrário. A dúvida dela é: E além do corredor do mundo do espelho, será que ainda é igual à casa dela?
 Do outro lado, Alice descobre peças de xadrez falantes e descobre que, dentro da casa, está invisível para eles, mas fora da casa, as peças de xadrez são do tamanho dela, as flores falam, e ela pode sim ser vista e ouvida. Alice se torna um peão de xadrez do time branco e seu objetivo é chegar até o outro lado do tabuleiro e se tornar uma rainha.
Principais diferenças dos dois filmes e o livro:
- Alice não consegue passar pela portinha que acha na sala em que caí. Ela passa passa pela porta que leva até a casa do coelho branco, pois ele a confundiu com alguma empregada ou governanta.
- O chapeleiro maluco é personagem de uma cena só, Alice está sozinha na aventura e ele faz duas breves aparições: No chá e no julgamento. Não ajuda Alice em nada.
- Twedlwedee e Tewdlwdoo só aparecem em Através do Espelho.
-Nunca há nenhuma menção ao fato da cabeça da rainha ser maior que o comum, o que me faz pensar que é uma cabeça normal.

 Enfim, eu sei que não é assim que se faz uma resenha, mas eu não acho que Alice seja o tipo de livro com inicio, meio, clímax e fim que deem para ser explicados. Um resumo seria tipo: Alice cai no buraco, chora um mar de lagrimas, o coelho pensa que ela é a empregada, ela cresce, chuta Bill, o lagarto, foge, acha uma duquesa que transforma um bebê em um porco, e o gato da duquesa aparece na floresta aparecendo e desaparecendo (aquele gato sorridente), ela encontra o chapeleiro, a lebre de março, e um outro bicho dorminhoco, e aí ela vai parar num jogo de croqué com flamingos e porcos espinhos (que nem no filme), e depois tem um grifo e uma tartaruga que não é uma tartaruga e depois um julgamento e...
 Anyway, tem tudo e nada a ver com o filme ao mesmo tempo. E vale a penas ler os dois antes de lancem o filme de Através do Espelho.

Um comentário:

  1. Adorei!
    Já tinha lido estes dois livros em um só chamado "Alice", da editora Zahar.
    Concordo totalmente com seu ponto de vista, as adaptações cinematográficas são mesmo muito diferentes, principalmente essa última do Tim Burton (que por sinal achei horrível! Eles pegaram um livro infantil e transformaram numa espécie de Harry Potter ou sei lá o que!). Isso sem falar que na maioria das vezes os filmes são adaptados das duas histórias, mas só levam o nome da mais famosa: no País das Maravilhas. Quanto àquela Rainha Vermelha do filme de 2010, pra mim foi 100% criação do Tim Burton! Ele misturou as duas rainhas de cada livro (Vermelha e de Copas: um erro enorme por sinal! As personagens não tinham nada a ver, uma era do baralho, outra do xadrez, e no filme fizeram uma incoerência terrível com estes dois elementos) e fez essa personagem para ser a 'vilã'. A obra original não tem vilão nenhum, não é pra ter, é só uma obra infantil nonsense, rsrs.

    Desculpe, acho que me empolguei, rsrs. Mas enfim, adorei você ter falado da Alice ;) Sempre foi uma das obras mais curiosas da literatura para mim.

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