domingo, 16 de março de 2014

Contos de Fadas

Alô, alô, galera! Hoje vou falar sobre um tipo de literatura no qual temos contato desde pequenos. Não foi publicado necessariamente num livro, mas é passado de geração de geração não só através da escrita, como também (e principalmente) da tradição oral. Falo dos nossos clássicos Contos de Fadas!

Ficheiro:Offterdinger Aschenbrodel (1).jpg
Ilustração do conto da Gata Borralheira

Não há registros de quando começou a tradição dos contos de fadas na humanidade. Basicamente, os contos e fábulas populares existem desde que o mundo é mundo, e sempre foi assim!
Porém, o primeiro (famoso) a registrar os contos de fadas no papel foi Charles Perrault. Depois vieram os Irmãos Grimm, e uma porção de outros.
Ao contrário do que muitos pensam, Charles Perrault e os Irmãos Grimm não criaram a maioria dos contos que publicaram. Apenas adaptaram para o papel o que o povo contava, isto é, o folclore popular. Decidi então fazer uma pesquisa analisando as características dos contos de fadas, que você confere a seguir.

Ilustração do conto da Chapeuzinho Vermelho


A Idade Média foi a era considerada mais longa que a humanidade já viveu, e nela, obviamente, muitos dos contos mais populares foram criados ou consolidados. Por causa disso, muitos dos personagens destas histórias serão reis e rainhas, príncipes e princesas, entre outros elementos típicos da velha Europa. Nesta época, os monarcas eram considerados superiores, e em função disso eram muitas vezes os protagonistas dos contos populares, e sempre muito bem descritos. Os reis e rainhas, sempre muito nobres, belos, de bom caráter. Os príncipes eram simplesmente os homens mais valentes que já se viu. Sempre cheios de poses e com bons corações, eram sedentos de aventura e capazes de enfrentar o que fosse para o bem de seu povo. O prêmio, muitas vezes, era uma linda donzela candidata à sua mão. Ah, e as princesas... As mais belas, charmosas, acanhadas e sensíveis criaturas que se podia imaginar. Sempre muito bondosas e radiantes, eram amantes de tudo e de todos. Em compensação, eram as vítimas preferidas dos antagonistas, fossem eles monstros, bruxas ou mesmo gente mal intencionada. Quem as salvava dos apuros, obviamente, eram galantes cavalheiros dos quais acabavam se casando.
Como não podia deixar de ser, nos contos de fadas o que não faltavam eram vilões. Os preferidos eram monstros, dragões, duendes, e muitas vezes, bruxas. Acontece que no tempo medieval, muitas pessoas eram acusadas de praticar magia negra, e conseqüentemente, sentenciadas à morte. Mas, o maior motivo dessa perseguição pelo sobrenatural era o próprio medo do povo. Medo do desconhecido, das coisas que se escondem nas sombras. Isto refletia muitíssimo nos contos populares.

Quando não eram seres sobrenaturais, eram madrastas más, ou mesmo gente do povo, sempre cheios de más intenções. Segundas mulheres na vida de um homem, as famosas madrastas, nunca eram retratadas como alguém de boa índole nestes contos. Raríssima era a ocasião de se encontrar uma madrasta boa, pois sempre eram tidas como verdadeiras megeras, cujas vítimas preferidas eram seus enteados. Em oposição às bruxas, estavam nada menos que as fadas, criaturas mágicas e coloridas que só sabiam fazer o bem. Sempre a voz da razão, as fadas eram retratadas como conselheiras e verdadeiras amigas, e muitas vezes, tinham a honra de batizar uma princesa. Assim surgem as famosas fadas-madrinhas, que desejam todo o bem para suas respectivas afilhadas. Acontece que tradicionalmente, as madrinhas eram como segundas mães, sempre dispostas a ajudar a quem uma vez foi abençoado. Talvez uma madrinha fosse o oposto de uma madrasta, à visão conservadora do povo daquela época. As fadas apareciam em tantos contos, que estes ficaram popularmente conhecidos como Contos de Fadas.

Há muito tempo atrás, nasceu o hábito de contar histórias. Quem tinha o dever de conservar esta linda tradição, era o povo. E assim, de boca em boca, as histórias mais clássicas e remotas atravessaram centenas de gerações, até se transformarem no que se tornaram hoje. Hoje em dia, com a influência dos mais recentes meios de comunicação, o homem tende a ter outros conceitos sobre o mundo em que vive, o comportamento que deve seguir, e vão surgindo cada vez mais novas tendências. Já os contos, as histórias, o folclore, estes sem dúvidas, demorarão muitos e muitos anos para serem esquecidos. E quem nunca se encantou em ouvir uma bela história? Eis que surge o encanto do povo pela arte de se contar histórias, que provavelmente ainda se repetirá por muitas e muitas gerações...

Nenhum comentário:

Postar um comentário